O mês de Outubro já é conhecido mundialmente como um mês marcado por ações afirmativas relacionadas à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. O movimento, conhecido como Outubro Rosa, é celebrado anualmente desde os anos 90.
A campanha tem por objetivo compartilhar informações sobre o câncer de mama e, mais recentemente, câncer do colo do útero, promovendo a conscientização sobre as doenças, proporcionando maior acesso aos serviços de diagnóstico e contribuindo para a redução da mortalidade.
O câncer de mama é o segundo com maior diagnóstico nas mulheres, a doença é causada a partir de uma mutação genética nas células mamárias, com isso, a evolução para um tumor, podendo ter crescimento rápido ou lento. Isso pode variar de acordo com a causa, mas quando tratado em um período oportuno, o câncer apresenta bom prognóstico.
Pesquisas estimam que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 66.280 novos casos de câncer de mama, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres.
Enfrentar o diagnóstico de câncer não é mesmo tarefa fácil, mas algumas preocupações da paciente podem ser amenizadas com ações simples. Entre tantas inquietações que passam pela cabeça a partir da confirmação do diagnóstico e definição do tratamento, uma delas é encarar a perda dos cabelos que costuma acompanhar a quimioterapia.
Ao enfrentar esse processo é natural que a mulher se sinta desanimada, mas o tratamento não precisa interferir na sua vontade de explorar o seu novo visual, no prazer de se arrumar e se sentir bonita. É possível tratar o câncer e continuar se preocupando com a aparência. Existem alternativas para lidar com a queda dos fios, afinal, perder o cabelo não significa perder a vaidade. É neste momento que lenços, chapéus e perucas entram em cena. Uma peruca pode ser um importante passo para o resgate da autoestima e consequentemente da força para lutar contra a doença.
Sensível a este problema, a jornalista e assessora de comunicação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ilziane Virgínia, decidiu que deixaria seu cabelo crescer e que faria a doação de cabelos em apoio a mulheres que estão passando por tratamentos oncológicos por conta da doença.
“Esse era um desejo antigo, então deixei meu cabelo crescer bastante e aproveitei que o mês de outubro é direcionado a ações de enfrentamento ao câncer, cortei o meu cabelo e fiz a doação para a Rede Feminina de Combate ao Câncer-PI. O Cabelo é a moldura do rosto. Quando eles caem com a quimioterapia, mulheres e crianças deixam de ir à escola, ao trabalho, ou de ter convívio social. A peruca é um fator importante nesse processo de cura, indo muito além da vaidade. Saber que vou contribuir no fortalecimento da autoestima dessas mulheres me deixa muito feliz”, esclarece a jornalista.
Segundo a coordenadora de voluntários da Rede Feminina de Combate ao Câncer- PI, Lenôra Campelo, a entidade vem trabalhando para mostrar para sociedade a importância do diagnóstico precoce, daí a importância do Outubro Rosa. O câncer quando diagnosticado precocemente apresenta maiores chances de cura.
“As mulheres amam cabelo e nada mais fortalecedor do que trabalhar a autoestima desgastada pelo tratamento do câncer. A rede feminina recebe os cabelos e envia para São Paulo para que sejam confeccionadas as perucas, que trazem para a paciente com câncer uma imagem positiva e restauram a beleza e confiança na vida”, enfatiza a coordenadora.
Para doar o cabelo a pessoa precisa ter alguns cuidados:
A mecha deve ter no mínimo 25 cm;
O cabelo precisa estar seco;
A mecha deve estar presa com elástico, na base, no meio e na extremidade;
Deve ser cortado de uma única vez;
O cabelo pode ter química desde que esteja em bom estado.
Local de coleta:
Casa de Maria: Avenida São Raimundo, Nº 1000, bairro Piçarra, (86) 3215-9650;
Sala de recreação da Rede Feminina: localizada no Hospital São Marcos, próxima a radiologia, (86) 3226-2325.